O exame de ressonância magnética tem se tornado uma referência para muitos especialistas por conta de sua característica não-invasiva e a quantidade de detalhes que apresentam as imagens. Apesar de outras tecnologias serem constantemente lançadas com a promessa de aumentar a precisão dos diagnósticos, a RM continua a ocupar o posto de um dos exames mais confiáveis.
Sistemas mais completos e softwares mais sofisticados têm resultado em muitas novas aplicações de alta relevância clínica.
De acordo com o doutor Juan Cevasco, médico radiologista do Centro de Diagnóstico Brasil (CDB), em São Paulo, os usos mais recentes incluem a RM do coração, a RM de corpo inteiro, a RM das mamas e RM gestacional.
“Apesar de tecnologias avançadas como a tomografia computadorizada ‘multislice’, a ressonância magnética cardíaca tem algumas vantagens importantes. A primeira delas é o fato de não usar radiação ionizante. A RM também evidencia a anatomia e a função cardíacas, identificando sinais de infartos pregressos, por exemplo”, diz Cevasco. Com a tendência de tratamento precoce e menos invasivo das doenças cardíacas, o radiologista acredita que o papel da ressonância magnética será cada vez mais importante no prognóstico das doenças. “Assim como a tomografia computadorizada, a RM aumenta a qualidade e a quantidade de informações sobre as patologias cardíacas em relação a métodos utilizados há mais tempo, como a ecocardiografia”.
Além de a ressonância magnética também ser importante para o diagnóstico do câncer de mama – como complemento da mamografia e do ultrassom –, a RM gestacional é muito utilizada para avaliar o sistema nervoso central, geralmente nos casos de malformações fetais pouco esclarecidas no ultrassom – já que não sofre limitações provocadas por atenuações dos ossos.
Cevasco afirma que um estudo anatômico do bebê pode ser bastante útil na complementação do exame de ultrassonografia nos casos em que seja necessária uma segunda opinião. “A ressonância magnética determina de forma complementar ao ultrassom os volumes dos órgãos do bebê afetado por malformações, principalmente dos pulmões”.
De acordo com o médico, é necessário ter idade gestacional superior a dez semanas para melhor rendimento do método. “Paralelamente ao estudo do bebê, a ressonância magnética tem papel fundamental em casos de placentas prévias, para predizer acretismo – caso em que a placenta está tão baixa que invade o útero e órgãos adjacentes, necessitando medidas imediatas”.
Fonte: http://www.nursing.com.br/article.php?a=1374
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