quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Diploma de medicina na Bolívia em discussão

A convalidação do diploma de brasileiros que estudam em Santa Cruz de La Sierra e Cochabamba na Bolívia foi debatido em audiência pública realizada na Câmara Municipal com estudantes de 14 cidades, Goiânia e Cobija na Bolívia. Os participantes em sua maioria foram convocados através das redes sociais, sendo boa parte do curso de medicina. Atualmente segundo dados Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (Caindr) são 15 mil brasileiros estudando na Bolívia, 3,5 mil de Rondônia e quase 200 de Ji-Paraná. O deputado Federal Marcos Rogério (PDT) que integra a Caindr conduziu os debates.
No auditório cerca de 300 pessoas, entre pais, alunos, parlamentares, professores e representantes da sociedade civil organizada, pretendem delinear ações a fim de convalidar o diploma de quem estuda na Bolívia e ainda estabelecer mudanças no sistema de avaliação.
“Os critérios para fazer essa prova precisam ser modificados. O índice de aprovação no Revalida foi muito baixo, dos 714 inscritos somente 66 foram aprovados. Nós não queremos acabar com a prova, só queremos mudar os critérios de avaliação. O MEC deve adotar uma prova unificada com mudança nas regras. O que nós queremos é que haja um processo de aferição do conhecimento e não de exclusão”, disse Marcos Rogério, deputado Federal.
A audiência realizada pela iniciativa popular com apoio de Washington Nascimento, secretário de Fazenda, contou com participação de deputado Federal Carlos Magno, do deputado Estadual Jesualdo Pires, do secretário de Saúde Abrahim Chamma e secretário de governo Romildo Pereira.
“É uma audiência pública para tratar principalmente da situação dos alunos que estudam fora do Brasil, no intuito de convalidar seus diplomas aqui no Brasil. O conselho Federal de Medicina criou provas que dificultam a convalidação do curso. Hoje existe um programa chamado Revalida, da qual os alunos assim que terminam o curso superior vêm ao Brasil para ter seu diploma convalidado, mas existe uma prova que complica o ingresso deles nas 27 universidades federais”, comentou Whashintong.

LUTA

O deputado Estadual Jesualdo Pires (PSB) disse que essa será uma luta de muitos rounds e que não será nada fácil, segundo ele o País vive um paradoxo muito grande de carência de profissionais, tanto no Estado do Acre, Roraima, Rondônia e Amazonas ou em qualquer estado do Amazonas. Segundo ele apesar dessa falta de médicos existe hoje, uma grande dificuldade na conquista de vagas no mercado de trabalho, por esses profissionais.

INTERESSE

 “Por que existe esse paradoxo, por que existe um interesse para que continue dessa forma, eu não sei se vocês sabem, mas o Hospital de Base é o maior hospital de Rondônia, tem 406 leitos e mais de 450 médicos no hospital. Grande parte dos médicos não trabalha, temos esse grave problema na saúde, existem os profissionais bons os médicos que trabalham, mais existem também aqueles que não trabalham e não querem que outros trabalhem”, denunciou, alegando que não quer colocar toda culpa da mazela da saúde publica brasileira, nas costas dos médicos, mais que é sim uns pontos cruciais.

REIVINDICAÇÕES SERÃO APRESENTADAS AO MEC

Jesualdo disse que a prova não é uma prova normal, disse que nem um médico da Faculdade de Pinheiros (ES) que é referência conseguiria ser aprovado.
Vinicius Gabriel estuda a cinco anos em Santa Cruz de La Sierra, e lamenta das burocracias existentes com os acadêmicos que estudam na Bolívia. “Infelizmente existe uma falta de vontade muito grande em ajudar os estudantes brasileiros que estudam na Bolívia, há tempos lutamos pela legalização e só agora nos sentimos amparados por alguém. Hoje já conseguimos ver uma luz no fim do túnel com a ajuda do deputado Marcos Rogério, detalhou Vinicius.
Marcos Rogério que visitou as faculdades da Bolívia com a Comissão Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, elogiou a estrutura das universidades, e disse que em nada elas deixam a desejar em termos de estrutura física e laboratórios. “Ficamos surpreendidos com a estrutura em Santa Cruz de La Sierra e Cochabamba, a estrutura dessas faculdades é de alto nível, em linhas gerais elas fazem inveja a muitas do Brasil. Pretendemos agora através dessa audiência, apresentar as reivindicações a Caindr e ao Ministro de Educação.

Fonte: http://www.diariodaamazonia.com.br/diariodaamazonia/index2.php?sec=News&id=13695

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