O Departamento de Transportes Americano (DOT) considerando ser
importante adotar um símbolo que clara e distintamente identificasse os
cuidados a prestar no âmbito da emergência médica dentro do leque total
de serviços do Sistema de Cuidados de Saúde, começou por adotar uma cruz
de cor laranja em fundo branco. Porém, a Cruz Vermelha Internacional
entendeu que tal símbolo, pela muita semelhança com o seu (Cruz Omaha -
alaranjada sobre um fundo reflexivo), ia contra uma das resoluções da
Convenção de Genebra de 12 de Agosto de 1949, que permitia o uso em
tempo de paz do símbolo da Cruz Vermelha “como medida excepcional”,
apenas em ambulâncias. Correspondendo a este reparo e concordando com a
necessidade de preservar o símbolo da Cruz Vermelha, o DOT achou
preferível adotar a partir de 23 de Setembro de 1973 um outro símbolo.
A “Estrela da Vida” foi então desenhada em 1973, por Leo R. Schwartz, chefe do Departamento do Serviço de Emergência Médica (SEM) da Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA) dos EUA, e foi adotada como símbolo na identificação do pessoal médico da Associação Médica Americana.
Assim nasceu a "Estrela da Vida", hoje já identificada por toda a classe médica no mundo como símbolo dos Serviços de Emergência Médica e, cujo uso, foi adotado por todos aqueles que se dedicam a esta atividade.
No Congresso do Emergency Medical Services, realizado em maio de 1975 em Munique, na Alemanha, os delegados dos diversos países representados deliberaram, por unanimidade, recomendar aos Governos que um símbolo internacionalmente aceito fosse adotado para designar todo o equipamento e veículos que funcionassem para os Serviços de Emergência Médica, bem como os respectivos departamentos hospitalares. Como exemplo foi proposto a “Estrela da Vida”. Posteriormente, no Congresso Medical Services, realizado em Baltimore, nos Estados Unidos da América, em maio de 1976, esta proposta foi ratificada.
O novo desenho, a cruz azul de seis barras, foi adaptado do Símbolo de Identificação Médica da Associação Médica Americana e foi certificada como marca registrada em 1º de fevereiro de 1977 pelo Comissário de Patentes e Marcas Registradas em nome da Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário.
SIGNIFICADO DO SÍMBOLO DA ESTRELA DA VIDA
A “Estrela da Vida” é composta de seis faixas tendo localizado no seu centro, ao alto, um bastão com uma serpente enrolada.
Por que seis faixas e não outro número qualquer? Pois bem, ela tem seis faixas e não mais nem menos, porque outras tantas são as fases que constituem um ciclo completo de ações em termos de Emergência Médica. Com efeito, enunciando-as de cima para baixo e segundo o movimento dos ponteiros do relógio, teremos:
Por que seis faixas e não outro número qualquer? Pois bem, ela tem seis faixas e não mais nem menos, porque outras tantas são as fases que constituem um ciclo completo de ações em termos de Emergência Médica. Com efeito, enunciando-as de cima para baixo e segundo o movimento dos ponteiros do relógio, teremos:
Quanto ao bastão com a serpente enrolada, colocado no centro da estrela,
ele simboliza a saúde, a medicina. Veremos mais abaixo a origem deste
símbolo.
QUEM PODE USAR O SÍMBOLO DA ESTRELA DA VIDA?
A NHTSA tem direitos exclusivos para monitorar seu uso em todos os
Estados Unidos. Seu uso nos veículos de tratamento médico assegura que
tais veículos atendem às normas do Departamento de Transporte dos EUA e
garante que o pessoal de tratamento médico de emergência que o usa foi
treinado para atender essas normas. Seu uso nas placas e mapas
rodoviários indica o local ou acesso aos serviços qualificados de
tratamento de emergência. Não é permitido nenhum outro uso do símbolo,
exceto conforme relacionado abaixo:
1. Como meio de identificação para equipamentos e suprimentos médicos para instalação e uso em Veículo-Ambulância de Tratamento Médico de Emergência.
2. Para indicar o local de serviços médicos qualificados e acesso a tais instalações.
3. Nos emblemas usados nos ombros somente por pessoal que tenha satisfatoriamente concluído cursos de treinamento DOT ou equivalentes aprovados e por pessoas que por título e função administram, supervisionam diretamente ou participam no todo ou em parte de programas SEM nacionais, estaduais ou comunitários.
4. Em itens pessoais do SEM - emblemas, insígnias e fivelas.
5. Livros, panfletos, manuais, relatórios ou outro material impresso que tenha aplicação direta no SEM.
6. O símbolo Estrela da Vida por ser usado por pessoal administrativo, diretores de projeto e equipe conselhos e grupos consultivos.
Caso sejam usados emblemas nos ombros, deverão ser uma simples Estrela da Vida azul sobre fundo branco quadrado ou redondo. A função, letras ou palavras de identificação deverão ser impressas em barras a afixadas separadamente ao longo da parte inferior. As bordas do emblema básico e das barras de função deverão ser bordadas.
O SÍMBOLO DA MEDICINA
Símbolo de Hermes o caduceu de Mercúrio Símbolo de Asclépio ou Bastão de Esculápio
Dois símbolos têm sido usados ultimamente em conexão com a medicina: o símbolo de Asclépio, representado por um bastão tosco com uma serpente em volta, e o símbolo de Hermes,
chamado caduceu, que consiste em um bastão mais bem trabalhado, com
duas serpentes dispostas em espirais ascendentes, simétricas e opostas, e
com duas asas na sua extremidade superior.
Asclépio (Asklépios, em grego) ou Esculápio (nome latino), deus da medicina com o bastão e a serpente.
Ambos os símbolos têm sua origem na mitologia grega; o de Asclépio, deus da medicina, é o símbolo da tradição médica; o de Hermes, deus do comércio, dos viajantes e das estradas, foi introduzido tardiamente na simbologia médica.
Na mitologia grega, Asclépio é filho de Apolo e da ninfa Coronis. Foi criado pelo centauro Quiron, que lhe ensinou o uso de plantas medicinais. Tornou-se um médico famoso e, segundo a lenda, além de curar os doentes que o procuravam, passou a ressuscitar os que ele já encontrava mortos, ultrapassando os limites da medicina. Foi por isso fulminado com um raio por Zeus. Em outra versão, Esculápio (nome latino de Asklépios) foi morto pelas flechas de seu próprio pai, tendo as flechas de Apolo tornado-se o símbolo da morte súbita na medicina grega.
Numa de suas visitas a pacientes em seu templo, uma serpente enrolou-se em seu cajado. Apesar do esforço para retirá-la, a serpente tornava a enrolar-se no cajado onde permaneceu. Esculápio tornou-se o deus da medicina e seu cajado com uma serpente enrolada, o símbolo da atividade médica Após a sua morte, foi cultuado como deus da medicina, tanto na Grécia, como no Império Romano
Em várias esculturas procedentes de templos de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina.
Não há unanimidade de opiniões entre os historiadores da medicina sobre o simbolismo do bastão e da serpente. As seguintes interpretações têm sido admitidas:
Em relação ao bastão: * Árvore da vida, com o seu ciclo de morte e renascimento. * Símbolo do poder, como o cetro dos reis * Símbolo da magia, como a vara de Moisés * Apoio para as caminhadas, como o cajado dos pastores
Em relação à serpente:
* Símbolo do bem e do mal, portanto, da saúde e da doença.
* Símbolo do poder de rejuvenescimento, pela troca periódica da pele
* Símbolo da sagacidade
* Ser ctônico, que estabelece ligação entre o mundo subterrâneo e a superfície da Terra; elo entre o mundo visível e o invisível
As serpentes não venenosas (Elaphe longissima) eram preservadas nos lares e templos da Grécia não só por seu significado místico como pelo seu fim utilitário, já que devoravam os ratos.
Fonte: portalgeat.com