quinta-feira, 30 de junho de 2011

Programa gratuito para atendimento à obesidade

Inscrições abertas para os programas de atendimento a obesos adulto e infantil coordenados pela Universidade Guarulhos (UnG). Visando estimular o emagrecimento saudável, profissionais da Instituição promovem ciclos de atividades envolvendo as áreas de nutrição, educação física, psicologia, fisioterapia e enfermagem. 
Os interessados em se inscrever ou fazer o mesmo pelo filho podem ligar para 0800 15 88 22; ou enviar e-mail com nome completo, telefone de contato, peso e altura para o endereço paddac@ung.br. O único pré-requisito é estar acima do peso. O prazo encerra-se em 08 de julho.


O Goami é voltado a crianças entre 07 e 10 anos de idade. Os encontros acontecem apenas da Unidade Guarulhos-Centro da UnG. Já o Goam tem inscrições abertas para atividades em Guarulhos, I taquá e Arujá.


Os participantes receberão acompanhamento gratuito durante três meses. Nesse período, são orientados a escolher melhor os alimentos, aprendem técnicas de exercícios físicos e descobrem se o aumento de peso está atrelado a algum problema de origem psicológica. Para quem não emagrecer ou se sentir inseguro tem a opção de seguir o tratamento no grupo de manutenção, também gratuito.

http://www.nursing.com.br/article.php?a=1337

Cirurgia de mal de Parkinson é realizada pelo SUS

Nos dias 28, 29, 30 de junho e 1 de julho, 4 pacientes do Ambulatório do Hospital de Base irão ter uma nova chance de vida. Eles sofrem com o mal de Parkinson, uma doença que atinge 1 em cada 1000 brasileiros e faz com que o doente pratique movimentos involuntários. Mas o problema não está na musculatura e sim no cérebro.
Uma técnica cirúrgica que vem revolucionando o tratamento do mal de Parkinson é indicada para pacientes que não obtiveram sucesso no controle da doença com medicamentos.
O procedimento consiste na implantação de eletrodos no cérebro do paciente, controlados por uma espécie de marcapasso. Os neurocirurgiões utilizam avançada técnica de micro registro neuronal, que permite monitorar a atividade dos neurônios e identificar melhor o ponto alvo do procedimento cirúrgico.
“A cirurgia diminui os sintomas que são por vezes incompatíveis com uma vida normal”, explica Dr. Carlos Rocha, neurocirurgião do HB. A doença em estágio avançado não permite que o paciente tenha uma vida normal e independente. No Brasil estima-se que 40% destes doentes desenvolvem depressão. A cirurgia já é realizada há alguns anos no Brasil pela rede particular, mas há pouco tempo é oferecida pelo SUS na capital. “Como o material é importado, o custo é alto, o que dificulta o acesso à maioria dos pacientes. Agora com este serviço pelo Sistema Único de Saúde, muitos pacientes da nossa região devem ser beneficiados”, diz Dr. Carlos Rocha.
Os primeiros pacientes que realizarão a cirurgia estão em acompanhamento no Ambulatório há alguns anos. “O resultado da cirurgia é impressionante, tenho pacientes que fez o procedimento particularmente e é outra pessoa, corre, anda de bicicleta, pinta e até consegue se barbear sozinho”, conclui Dr. Carlos. 

http://www.nursing.com.br/article.php?a=1336

quarta-feira, 29 de junho de 2011

CAMPANHA PELA JORNADA DE TRABALHO DE 30 HORAS PARA A ENFERMAGEM

A Enfermagem congrega Enfermeiras(os), Técnicas(os) e Auxiliares de Enfermagem. É a única profissão que permanece na assistência durante as 24 horas, nos 365 dias do ano, sendo essencial na organização e funcionamento de todos os serviços de saúde, públicos e privados.
A Jornada de 30 horas é uma luta pela valorização e dignidade dos trabalhadores da Enfermagem, maior força de trabalho na saúde, mais de um milhão e trezentos mil trabalhadores, responsáveis por grande parte das ações de prevenção de doenças e promoção da saúde no Brasil. 
Ressalte-se que a Enfermagem é formada majoritariamente por mulheres que, além das atividades profissionais, cumprem dupla ou tripla jornada diária de trabalho, pois assumem, também, as responsabilidades no âmbito doméstico e familiar.
Atualmente, o desafio é a construção de um sistema de saúde universal, equânime, integral e resolutivo. Para tanto, torna-se imprescindível melhorar as condições de trabalho e promover a qualidade de vida dos trabalhadores para se alcançar a melhoria nas ações e serviços de saúde. 
Outro desafio brasileiro é a criação de novos postos de trabalho, inclusive para enfrentar a crise econômica e financeira que já provoca ameaças no âmbito mundial. Para a maioria dos países, uma das estratégias de enfrentamento dessa crise é a redução da jornada de trabalho.
As organizações representativas da Enfermagem brasileira reivindicam a imediata regulamentação da jornada dos trabalhadores da Enfermagem. 
A Jornada de 30 horas é um direito dos trabalhadores da Enfermagem, pois estão expostos aos riscos ocupacionais inerentes à sua atividade profissional. Garantir condições adequadas de trabalho e um atendimento resolutivo aos usuários é um dever dos gestores do sistema de saúde.
Para que os trabalhadores da Enfermagem possam acolher e cuidar bem das pessoas, precisam estar qualificados profissionalmente e preparados emocionalmente e fisicamente. 
Assim, a Jornada de 30 horas é uma necessidade.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) da Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda a Jornada de 30 horas, argumentando que é o melhor para pacientes e trabalhadores da saúde do mundo inteiro.
A II Conferência Nacional de Recursos Humanos para a Saúde de 1993 propôs que, "considerando a natureza da atividade em saúde, a jornada máxima de trabalho para os trabalhadores de saúde seja de 30 horas semanais". 
Todas as últimas conferências nacionais, estaduais e municipais de saúde têm aprovado a Jornada de 30 horas semanais para os trabalhadores da área.
Não dá mais para esperar, a Enfermagem precisa conquistar este direito: 30 horas semanais de trabalho.

Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn
Conselho Federal de Enfermagem – COFEN


http://www.abennacional.org.br/index.php?path=95

30 horas já para a Enfermagem

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) apresentou, dia 27 último, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, parecer pela aprovação do PL 2.295/00, que dispõe sobre a jornada de trabalho de 30 horas semanais para os profissionais da Enfermagem. “Não há dúvida de que esta demanda é extremamente justa. O exercício da Enfermagem é extenuante e implica vários riscos para a saúde dos profissionais, tanto mental quanto física, inclusive pelo contato estreito que mantem com portadores de patologias diversas e, muitas vezes, contagiosas”, ressalta em seu relatório.
O projeto altera a Lei n.º 7.498/86, que “dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, e dá outras providências”, limitando a jornada de trabalho desses profissionais a seis horas diárias e 30 semanais. “A redução proposta acompanha o tratamento especial que diversas categorias obtiveram, em virtude das peculiaridades do exercício de seu trabalho. No caso dos profissionais da Enfermagem, que tem rotinas extremamente desgastantes, seria evidente o benefício da implementação desta medida.  Não somente os médicos, mas também técnicos e auxiliares de laboratório e de radiologia já desfrutam da carga horária reduzida em virtude das peculiaridades de sua atuação”, argumenta o deputado.
Faria de Sá evidencia a sobrecarga de trabalho, citando que existem hospitais nos quais um profissional tem de atender a vinte ou trinta pacientes. “Não há forma de assegurar a qualidade da atenção prestada em tais circunstâncias. Para garantir um bom desempenho na assistência aos enfermos, é mais seguro que profissionais da Enfermagem gozem de pleno equilíbrio físico e mental, uma vez que realizam intervenções que demandam concentração, perícia e uma boa dose de paciência. A redução da carga horária significará redução do nível de estresse e trará como resultado a melhoria e a humanização dos serviços prestados.
O voto apresentado é favorável à aprovação dos projetos de Lei 2.295/00, 969/99, 2.169/99 e 794/07, e parcialmente dos projetos 1.891/07 e 2.392/07, nos termos do PL 2.295. A Comissão de Trabalho aprovou voto pela rejeição da matéria. Após apreciação na Comissão de Seguridade, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça. Leia a íntegra do parecer na página da Confederação – www.cnts.org.br
Proposições apensadas ao PL 2.295/00:
- PL 969/99, do deputado Marcos de Jesus, que altera a mesma lei, estabelecendo a jornada destes profissionais em 30 semanais e 120 horas mensais.
- PL 2.169/99, do deputado Fernando Coruja, que da mesma forma como o principal, fixa a jornada de trabalho em seis horas diárias e 30 semanais.
- PL 794/07, do deputado Jovair Arantes, que reproduz as disposições contidas na iniciativa principal.
- PL 1.891/07, do deputado Mauro Nazif, que estabelece a jornada destes profissionais em 30 semanais.
- PL 2.392/07, do deputado Mauro Nazif, que estabelece a redução da carga horária dos profissionais de Enfermagem, garantida a adequação da jornada de trabalho sem redução salarial. 

Fonte: http://www.sintufsc.ufsc.br/wordpress/?p=1364

Metodologia geoestatística estima e mapeia risco de homicídio

O portal Comunidade Segura comentou em artigo, datado de 27/Jan/2009, estudo publicado em CSP sobre metodologia para estimar e mapear zonas de risco de homicídios na cidade de São Paulo.
Cenários para o risco de homicídio são gerados com base na co-krigeagem binomial e de procedimentos de simulação estocástica, possibilitando a delimitação de áreas com maior ou menor risco, que podem ser usados para estudar condicionantes espaciais da violência e auxiliar para um melhor entendimento dos problemas por meio da análise de suas diferenças ao longo dos territórios das cidades. O artigo foi publicado no fascículo de julho de 2008 (vol.24 n.7) e teve como autores: Eduardo Celso Gerbi Camargo, Suzana Druck, Antônio Miguel Vieira Monteiro, Corina Costa Freitas & Gilberto Câmarte

Texto completo: http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n7/04.pdf

Casos assintomáticos de leishmaniose em MS geram estudo

Estudo desenvolvido a partir de casos ocorridos em Três Lagoas chama atenção para o risco de pessoas infectadas pela leishmaniose, que não desenvolvem sintomas, servirem como uma espécie de reservatório para o protozoário causador da doença, contribuindo para sua disseminação.
A avaliação, feita em Três Lagoas, acompanhou casos de 46 famílias que tiveram pelo menos um membro diagnosticado clinicamente, com sintomas da leishmaniose. Foram feitos exames em 220 pessoas pertencentes às mesmas famílias, que não apresentavam sintomas, e foi constatado que destas 36,4% haviam sido infectadas, mas não desenvolveram os sintomas da doença.
O resultado do estudo foi publicado recentemente no periódico Cadernos de Saúde Pública. O artigo é Assinado por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Fiocruz, segundo informações do Ministério da Saúde.
Os pesquisadores afirmam, no artigo, que “as taxas de infecção encontradas nesse estudo são relevantes e intrigantes, sugerindo que indivíduos expostos à infecção ou já infectados podem ser tão importantes quanto àqueles que desenvolvem a doença, devido ao risco de funcionarem como reservatórios para a transmissão do parasita”. Devem haver, porém, novas pesquisas para dimensionar o papel que os casos assintomáticos têm na propagação da leishmaniose.
O protozoário causador da leishmaniose visceral é transmitido através da picada do mosquito flebotomíneo. O mosquito está adaptado às áreas urbanas e geralmente mais presente onde há animais domésticos, como os cachorros, que servem como reservatórios para o protozoário. Quando picam pessoas ou cachorros infectados, os flebotomíneos adquirem o protozoário e passam a transmiti-lo a outros indivíduos.
Quando desenvolvidos, os sintomas da doença são febre, perda de peso, aumento de volume do fígado e do baço, e diminuição dos elementos celulares do sangue. A doença pode evoluir e levar à morte, se não tratada. O não desenvolvimento dos sintomas pode estar associado a fatores como o estado nutricional do indivíduo e sua resposta imunológica,. Estudos indicam que, para cada caso de leishmaniose visceral com manifestações clínicas clássicas, ocorrem, pelo menos, cerca de dez casos assintomáticos.
Cachorros – Em Três Lagoas, os pesquisadores verificaram que a taxa de infecção assintomática foi maior entre as famílias cujos domicílios tinham cachorros. Além disso, a grande maioria dos familiares participantes do estudo relatou a presença de insetos com as características dos flebotomíneos nos domicílios e seus arredores. Essas observações sugerem a existência das condições necessárias à transmissão da leishmaniose visceral.
Esse foi, inclusive, um dos critérios que justificaram a escolha de Três Lagoas para a realização do estudo, pois a leishmaniose visceral vem se disseminando rapidamente na região. Entre os casos clássicos da doença registrados na localidade, predominam pacientes homens e crianças. Nos casos assintomáticos, não há diferenças significativas relacionadas ao sexo e à idade.
 
Link da noticia: http://www.aquidauananews.com/index.php?action=news_view&news_id=140536
Texto completo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008001200011&lng=pt&nrm=iso

terça-feira, 28 de junho de 2011

Diretrizes para tratamento da sepse grave/choque séptico - avaliação da perfusão tecidual

A sepse tem alta incidência, alta letalidade e custos elevados, sendo a principal causa de mortalidade em unidades de terapia intensiva. Está claramente demonstrado que pacientes reconhecidos e tratados precocemente tem melhor prognóstico. A formulação de diretrizes de tratamento é fundamental para a adequação desse tratamento. Pacientes com claros sinais de hipoperfusão devem ser submetidos a otimização hemodinâmica. Assim, o reconhecimento dos sinais de hipoperfusão é um dos principais passos do tratamento. A presente diretriz aborda as evidências disponíveis na literatura em relação aos principais parâmetros hemodinâmicos utilizados atualmente.

http://www.rbti.org.br/download/artigo_2011427181451.pdf 

Sedação da criança submetida à ventilação pulmonar mecânica: estamos avançando

A ventilação mecânica (VM) é um elemento essencial de suporte da insuficiência respiratória, das lesões do sistema nervoso central e nos cuidados pós-operatórios de adultos, crianças e recém-nascidos.
Este suporte, juntamente com a monitoração invasiva que frequentemente se faz necessária, pode ocasionar ansiedade, agitação e dor. As crianças admitidas na unidade de terapia intensiva sofrem o medo e a ansiedade de se verem separadas de seus pais e se encontrarem em um ambiente estressante, onde são constantemente submetidas a exames e procedimentos dolorosos.
Em particular, as crianças menores apresentam significativas alterações fisiológicas em resposta a pequenos estímulos além de não serem capazes de verbalizar adequadamente a intensidade e localização da dor, tornando muito difícil a diferenciação entre a sedação e analgesia.
No entanto, existe um consenso de que o uso de sedação e analgesia é essencial para o conforto e a segurança dos pacientes em VM. De fato, a utilização de sedação e analgesia comprovadamente diminui o desconforto associado à VM, diminuindo o consumo de oxigênio, modulando a intensidade da resposta ao estresse, reduzindo os riscos de lesões relacionadas à agitação e ao deslocamento de dispositivos invasivos, promovendo, assim, a segurança do paciente e, por fim, facilitando os cuidados de beira de leito.
A tecnologia de suporte ventilatório, evoluiu consideravelmente e o suporte ventilatório mecânico é frequentemente fornecido como um complemento, e não como um substituto total do esforço respiratório espontâneo.
Apesar de todos os avanços nas técnicas de VM, a procrastinação da retirada gradual da ventilação pulmonar mecânica pode gerar desconforto desnecessário no paciente intubado e aumento do risco de complicações relacionadas à intubação traqueal e à VM. Considerando-se que somente a retirada gradual da ventilação é responsável por até 40% do tempo total em que o paciente recebe este suporte e dada a grande quantidade de modos de ventilação e estratégias ventilatórias para diferentes tipos de doenças, foi natural partir-se para o desenvolvimento de protocolos de retirada da ventilação, etapa comum a todos os pacientes em suporte ventilatório. Ainda assim, métodos para desmame do suporte respiratório em crianças nunca foram rigorosamente estudados e quando estudados, os métodos de desmame são extrapolados de estudos em pacientes adultos e recém-nascidos prematuros, o que pode ser inapropriado.
A compreensão que a sedação e analgesia profundas ou prolongadas têm o ­potencial de aumentar a morbidade e mortalidade levou à concepção de um novo modelo que destaca a otimização do conforto dos pacientes os mantendo interativos, orientados e capazes de seguir instruções. Este novo modelo se baseia em estratégias para manter um nível adequado de sedação, interrupção diária da sedação e minimização do uso de medicações músculo-relaxantes.
Como não é possível estabelecer o melhor nível de sedação/ analgesia antes de realmente iniciarmos as mesmas, a monitoração do grau de sedação torna-se imprescindível para evitar hipersedação ou sub-sedação. Por hora, não há um método ideal para avaliação da sedação em pacientes pediátricos criticamente doentes sendo que a utilização de escores tais como o COMFORT, o único concebido e validado para crianças gravemente doentes em VM, é útil principalmente em crianças necessitando de sedoanalgesia moderada e em relação aos métodos derivados da monitoração do eletroencefalograma (EEG), como o "bispectral index" (BIS), há ainda pouca experiência e os mesmos foram validados em pacientes sob anestesia.
Apesar das medicações analgosedativas serem extremamente prescritas, ao contrário do que acontece com os pacientes adultos, existe poucos protocolos e diretrizes ­publicados em pediatria bem como há escassez de dados de dosagem, segurança, eficácia das drogas e suas combinações utilizadas na sedação durante a VM.
Com relação à interrupção diária da sedação, recentemente demonstrou-se em um estudo clínico randomizado controlado que crianças em VM por mais de 48 horas que são despertadas uma vez ao dia, por meio da interrupção da infusão da sedação tiveram a duração do tempo de internação na UTI, a dose total da medicação sedativa e o custo médio calculado, reduzidos em comparação com os pacientes que permaneceram com sedação contínua. Este resultado é comparável ao obtido em estudos com pacientes adultos.
Embora tenhamos avançado nesse novo modelo de sedoanalgesia e na VM nas crianças gravemente doentes, há ainda um longo e difícil caminho para percorrermos antes de podermos dizer que as crianças internadas em UTI não são órfãos terapêuticos.

http://www.rbti.org.br/download/artigo_2011427165138.pdf

Amidos para ressuscitação volêmica na UTI: ao vencedor, as batatas!

Ressuscitação com fluidos é parte fundamental do atendimento ao doente crítico.(1) A grande  maioria dos pacientes que adentra uma unidade de terapia intensiva receberá uma prova volêmica em algum momento. O grande debate, há mais de quatro décadas, envolve o tipo de fluido mais recomendado durante a fase de reanimação.(1,2)
Cristalóides são amplamente disponíveis, baratos e, portanto, considerados o padrão para a expansão volêmica na unidade de terapia intensiva (UTI) em vários centros. Os colóides mais utilizados incluem a albumina humana, amidos sintéticos, dextranos e gelatinas.(3) Destes, os amidos parecem ser os mais utilizados.(3) Seu uso é mais comum em países europeus do que nos Estados Unidos.(4) Os colóides possuem a vantagem teórica de permanecer mais tempo no intravascular, o que garantiria um efeito expansor melhor com a necessidade de menor infusão de volume.(4) Seu uso, entretanto, não está isento de riscos e existem sérias preocupações quanto ao efeito de alguns colóides sobre a coagulação e a função renal.(4)
Os amidos (hidroxietil amidos - HES) vêm ganhando popularidade recentemente e são os colóides preferidos em vários serviços.(4) Amidos são polissacarídeos similares ao glicogênio, derivados do milho ou de batata, compostos por D-glicose polimerizada e com ramificações aproximadamente a cada 20 monômeros de glicose. Para evitar a degradação pela amilase circulante, grupos hidroxil são substituídos por grupamentos hidroxietil. Estes grupamentos são ligados em posições variáveis na cadeia de carbono (especialmente C2, C3 e C6). Quanto maior o grau de substituição (ou seja, quanto mais frequente) e maior o número de substituições realizadas no carbono C2 (quanto comparado ao C6), maior será a meia-vida do amido na circulação.(4) Além disso, quanto maior o peso molecular do amido, mais lenta será sua degradação. A denominação do amido envolve sua concentração, seu peso molecular e seu grau de substituição (por exemplo, 6% 130/0,40).
Os primeiros amidos disponíveis possuíam alto peso molecular (entre 480-670 kDa) e grande grau de substituição (acima de 0,7), sendo chamados de hetastarches. Estes compostos possuíam meia vida plasmática longa e importantes efeitos sobre coagulação.(4) Ao longo das últimas décadas, amidos mais modernos foram desenvolvidos, com pesos moleculares médios cada vez ­menores e com menores graus de substituição. Amidos "modernos" (chamados de ­tetrastarches) possuem um peso molecular ao redor de 130 kDa e um grau de substituição próximo de 0,40 (6% HES 130/0,40).
Possíveis efeitos deletérios dos amidos envolvem coagulopatia e lesão renal, além de reações anafiláticas e prurido por depósito subcutâneo do material.(4) A coagulopatia induzida pelos amidos parece ser mais importante com o uso de soluções mais antigas, especialmente as de alto peso molecular e elevado grau de substituição. Compostos mais modernos possuem uma vantagem teórica de causar menos coagulopatia.(5) A lesão renal também é uma importante preocupação com o uso de amidos. O Estudo VISEP(6) foi um ensaio europeu multicêntrico e fatorial (do tipo 2 x 2) que comparou o uso de controle glicêmico restrito com o convencional e expansão volêmica com cristaloide (Ringer lactato) versus pentastarch (HES 200/0,5) na sepse. O trabalho foi interrompido precocemente por motivos de segurança, porém mostrou uma associação dose dependente entre o uso de pentastarch e injúria renal, bem como necessidade de terapias de substituição. Críticas pertinentes foram feitas a este estudo, incluindo as altas doses de amido utilizadas e o fato de ter sido realizado com um amido de geração ­anterior aos compostos mais modernos que aparentemente estão associados com menor disfunção renal.
Assim, visto as dúvidas sobre a segurança do uso de colóides e seu maior custo, é questionável se utilizar estes compostos traz qualquer vantagem sobre a expansão com cristaloides. Uma recente metanálise do grupo Cochrane(2) conclui que não há evidência de que o uso de amidos após trauma ou no pós-operatório esteja associado com menor mortalidade e questionava o uso destes compostos fora do contexto de um ensaio clínico.
Para tentar expandir o conhecimento sobre a eficácia e segurança dos amidos na doença crítica, a sociedade australiana e neozelandesa de terapia intensiva (ANZICS) juntamente com o George Institute for National Health iniciaram em abril de 2010 o estudo CHEST (The Crystalloid versus Hydroxyethyl Starch Trial).(7) Este é um protocolo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, envolvendo 33 centros na Austrália e Nova Zelândia. O trabalho tem previsão de duração de 21 meses e planeja incluir 7000 ­pacientes. Este tamanho de amostra garantirá ao estudo um poder de 90% para detectar uma diferença de mortalidade de 3,5% ou um aumento no risco relativo de falência renal de 1,5 entre os grupos. Nesse protocolo, pacientes que necessitem de ressuscitação volêmica após a admissão na UTI e que apresentem algum critério de necessidade de expansão volêmica (taquicardia, baixas pressões de enchimento, hipotensão, redução da diurese, entre outros) serão randomizados para receber salina 0,9% ou HES 130/0,4. A dose máxima permitida será de 50 mL/kg/dia de solução (o que corresponde à dose máxima recomendada de HES 130/0,4). Caso o paciente necessite de volumes maiores, salina 0,9% será administrada até o término do período de 24 horas. O mesmo fluido será utilizado durante todas as provas volêmicas necessárias durante 90 dias seguintes ou até a morte do paciente e a meta primária do estudo será comparar a mortalidade em 90 dias entre os grupos. ­Importantes desfechos secundários serão avaliados, ­incluindo ocorrência de injúria renal (avaliada pelos critérios RIFLE, SOFA ou pela necessidade de terapia de substituição renal), ocorrência de outras disfunções orgânicas, tempo de estadia na UTI e qualidade de vida após alta da UTI. Estão previstas análises de subgrupos em pacientes com traumatismo crânio-encefálico, pacientes com sepse grave, traumatizados sem traumatismo crânio-encefálico e pacientes com insuficiência renal crônica sem necessidade de diálise ambulatorial. Será ainda realizada uma análise econômica incluindo custos da terapia.
Paralelamente ao CHEST, um estudo europeu intitulado 6S (Scandinavian Starch for Severe Sepsis/Septic Shock trial),(8) está em andamento para avaliar a segurança e os efeitos do HES 130/0,4 em pacientes sépticos internados em UTI. Muito embora o valor da amostra a ser incluído é muito menor do que o trabalho australiano, o 6S incluirá apenas pacientes sépticos nos quais uma prova volêmica é necessária.
A expectativa é que ambos os estudos mencionados acima ampliem o nosso conhecimento sobre a eficácia e ­segurança dos amidos. A inclusão de uma análise econômica no CHEST é muito bem vinda. Entretanto, tanto o estudo CHEST quanto o 6S já nascem com uma importante crítica: A reposição volêmica baseada exclusivamente em amidos não é uma prática comum. Quando utilizados, amidos fazem parte de uma estratégia que costuma envolver cristaloides e colóides em proporções variadas. O uso único de amidos durante a reanimação, portanto, pode não refletir a prática habitual, além de potencializar eventuais efeitos adversos da substância. A realização de estudos envolvendo uma ressuscitação balanceada entre cristalóides e colóides os aproximaria significativamente da prática clínica habitual. Contudo, há de se reconhecer que a exeqüibilidade de um estudo com estas características é por demais complexa.
Assim, não há dúvidas de que o estudo CHEST será um marco na já longa história dos colóides na doença crítica. Todavia, o estudo não responderá se o uso de uma reanimação mista envolvendo cristaloides e colóides ­influencia no desfecho do paciente.
 
http://www.rbti.org.br/download/artigo_2011427164215.pdf

Congresso Nursing acontece em setembro

O 9º Congresso Brasileiro Nursing tem uma programação de temas atuais abordados por profissionais de instituições públicas e privadas. O evento será nos dias 01 e 02 de setembro, na Universidade São Camilo.
Com o tema principal “ Desafios e Conflitos na Prática de Enfermagem”, o público presente poderáacompanhar os dois dias de evento com conhecimento científico. Com a abordagem de metodologia e prática, os palestrantes oferecerão esse paralelo aos enfermeiros.

As inscrições podem ser realizadas pelo site: www.assinesaude.com.br/congresso




domingo, 26 de junho de 2011

Uso de jalecos fora do ambiente de trabalho é proibido no Estado de São Paulo

O uso de jalecos, aventais e outros equipamentos de proteção individual (EPI) fora do ambiente de trabalho foi proibido no Estado de São Paulo por lei publicada ontem, dia 9, no Diário Oficial do Estado. A Lei nº 14.466 impõe multa no valor de R$174,50 a quem desrespeitar a proibição, que está em alinhamento com a Norma Regulamentadora 32 do Ministério do Trabalho, publicada em 2005. De acordo com seu artigo 32.2.4.6.2, “os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais”.
As vestimentas de proteção podem servir de ponte de contaminação entre o ambiente interno e o ambiente externo ao trabalho, pondo em risco a saúde tanto de quem está dentro como de quem está fora do ambiente. A reincidência no delito será punida com multa em dobro


Nos EUA, reality show com enfermeiros quer estimular interesse pela profissão

Mas uma agência de recrutamento da Califórnia foi mais longe e decidiu adotar um método criativo? produziu um reality show, denominado 13 Weeks (13 semanas, em inglês), mostrando as qualidades da profissão de enfermagem, com o objetivo de atrair o interesse de novos futuros profissionais. Transmitido apenas pela Internet, "13 weeks" mostra a vida de seis enfermeiros a serviço no sul da Califórnia. O programa propõe mostrar como trabalham e vivem estes profissionais; mostrar pacientes e colegas de trabalho e a rotina no hospital. Queremos mudar a percepção das pessoas que pensam que todas as enfermeiras são mulheres velhas que apenas trocam as roupas de cama dos pacientes, explica o diretor da agência Alan Braynin. Nossa meta é mostrar que essa profissão pode fazer parte de um empolgante estilo de vida, completa. Os episódio estão disponíveis na página http://www.nursetv.com. Para assistir aos vídeos é necessário o acessório Shockwave Flash, já integrante na maioria dos navegadores, mas que pode ser obtido gratuitamente em http:// www.macromedia.com/go/getflashplayer

Samu conta com novos DEAs em todas as unidades do país

A Coordenadoria Geral do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), do Ministério da Saúde, finalizou a implantação de uma nova geração de DEA (Desfibrilador Externo Automático), o único no mercado que conta com exclusiva tecnologia de suporte à vida. Foram distribuídos, em todas as unidades móveis no Brasil, mais de 4.200 desfibriladores Zoll AED Plus, no valor total de R$ 20.376.216,00. Com isso, a população ganha melhoria na qualidade de atendimento de parada cardiorrespiratória e ajuda a diminuir o número de óbitos causados por morte súbita, cujo total chega a 200 mil por ano em todo o País, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. 

http://www.revistaemergencia.com.br/site/content/noticias/noticia_detalhe.php?id=J9jaJayJ

Samu lança campanha pelo AA Emergência na lista de contatos do celular

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está lançando uma idéia em todo o Brasil que pode se tornar essencial no salvamento de vidas em caso de acidentes. A intenção é que todas as pessoas registrem nos seus celulares o telefone do parente mais próximo, gravado com o nome “AA Emergência”, para que apareça sempre no começo da lista de contatos do aparelho. Com isso, os atendentes do Samu poderão encontrar mais facilmente a quem avisar em caso de acidente.
Segundo um levantamento feito pelos Samu espalhados pelo País, as ambulâncias e emergências médicas perceberam que muitas vezes durante o atendimento a acidentes os feridos geralmente têm um celular consigo. No entanto, é difícil localizar na lista de contatos a pessoa mais adequada a ser avisada.
Dessa forma, o AA Emergência poderá constar o nome do marido, esposo, pai, mãe ou ainda outro familiar que deva ser avisado no caso de algum imprevisto.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Hospital Bettina Ferro realizará transplantes de córnea

Referência estadual na área de Oftalmologia, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS) passará a realizar transplantes de córnea no segundo semestre deste ano. Atualmente, mais de 600 pacientes aguardam na fila para realizar o procedimento. A espera que no Pará, em média, era de três a quatro anos, deverá desaparecer até o final de 2013, graças à expansão do sistema de transplantes do Estado e à adesão do HUBFS ao sistema. 
Em reunião com o reitor da UFPA, Carlos Maneschy, nesta quarta-feira, 22, representantes das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde celebraram o que nomearam como a “correção de uma distorção histórica”. “O Hospital Bettina, como centro de excelência em Oftalmologia apenas não fazia o transplante, que, por sua vez, precisava ser feito em locais que não tinham a mesma infraestrutura na área. Agora, nossos pacientes poderão realizar todo o tratamento e o acompanhamento pós-transplante no mesmo lugar onde serão transplantados”, refletiu André Rodrigues, coordenador estadual de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa).
“Nosso objetivo é reduzir pela metade a fila de espera até o final de 2011 e, até 2013, no máximo, alcançar o status de fila zero para transplante de córnea no Estado”, revelou o coordenador. O Pará é referência regional na realização de transplantes e, na Região Norte, são realizados 2% dos transplantes no Brasil, mas eles ainda são praticamente restritos a transplantes de córnea e rim.
Atualmente, na rede pública paraense, apenas o Hospital Ofir Loyola realizava transplantes de córnea. O Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza aguarda a publicação do edital de credenciamento do Ministério da Saúde no Diário Oficial da União para iniciar os trabalhos na área. O primeiro transplante de córnea a ser realizado no HUBFS deve acontecer em agosto e será o primeiro transplante realizado por um Hospital Universitário na Amazônia. “Já estamos com tudo pronto. Nossa equipe já foi capacitada e os equipamentos já estão chegando”, conta Paulo Amorim, diretor do Hospital Bettina. 
“Este é um momento histórico que marca a atuação da UFPA, por meio dos seus Hospitais Universitários, no Pará. Este tipo de transplante é o primeiro e, certamente, há a possibilidade de expandir nossa atuação em outras áreas médicas, devido a nossa qualidade de profissionais e o próprio legado histórico”, definiu o reitor Carlos Maneschy.

http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=4762

Mesa- redonda: “Separatismo: caminho para o desenvolvimento ou panaceia ”?

Data: 30 de junho de 2011.
Local: Centro de Convenções Benedito Nunes – Campus do Guamá – UFPA
Horário: 9h

UFPA e Corecon promovem debate sobre a divisão do Estado do Pará
A divisão do Estado do Pará tem gerado polêmica e muitas dúvidas. O plebiscito que irá definir ou não a separação do atual Estado em três unidades federativas deve acontecer ainda neste ano e, até lá, será necessário abrir espaços de discussão sobre o assunto. Com essa proposta,  o Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (Corecon-PA), em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), promove,  no dia 30 de junho, uma mesa-redonda com o tema “Separatismo: caminho para o desenvolvimento ou panaceia? O debate será realizado no auditório do Centro de Convenções Benedito Nunes, no campus da UFPA, em Belém, e transmitido pelo Portal da Universidade, a partir das 9h.
   
O evento contará com a presença do deputado federal Lira Maia, que defende a criação do Estado do Tapajós; do deputado federal Giovanni Queiroz, defensor do Estado de Carajás; e dos deputados federais Arnaldo Jordy e Zenaldo Coutinho, que estão lutando pela manutenção da integridade territorial do Pará. “Eles são, sem dúvida, os maiores expoentes do assunto e estarão neste dia, na mesma mesa, em um debate com a comunidade acadêmica e com a sociedade paraense”, frisou o presidente do Corecon-PA, Eduardo Costa.

De acordo com Eduardo Costa, a ideia do evento é colocar em pauta todas as dúvidas que ainda pairam sobre o tema, como: Por que dividir o Pará? Quais são os argumentos favoráveis e contrários à divisão? A quem interessa a separação? Ela será benéfica para os três Estados? Qual será o custo da divisão? Quem vai arcar com este custo? Quem herdará a dívida do Estado do Pará? Estas e outras perguntas vão nortear as discussões. “Nosso objetivo é levar informações para a comunidade acadêmica da UFPA em particular e para a sociedade paraense. A realização deste seminário fará com que a UFPA e o Conselho cumpram um importante papel de indução ao debate deste tema e à socialização das informações”, ressaltou.

 
A programação será aberta pelo reitor da UFPA, Carlos Maneschy, que também vai mediar o debate. Em seguida, cada debatedor terá um tempo de 20 minutos para a exposição dos seus argumentos. Após as explanações, o seminário será aberto para perguntas entre os integrantes da mesa e para perguntas do público aos debatedores.

Debates – A UFPA e o Corecon-PA encerram o semestre letivo com um amplo debate sobre a divisão do Estado do Pará. Para o segundo semestre, estão sendo organizados novos encontros que vão propor a discussão de temas de interesse da sociedade, como a reforma tributária e a reforma política. “A atual gestão da UFPA tem sido muito diligente no cumprimento das funções sociais da Universidade. E, entre essas funções, sem dúvida, está o fomento à discussão de temas fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade”, afirmou Eduardo Costa.

Pela 1ª vez, órgãos são captados em hospital do interior da Amazônia

Pela primeira vez na história dos transplantes, é realizada captação de órgãos em hospital do interior da Amazônia Brasileira. O marco histórico ocorreu no Hospital Regional Público do Araguaia, em Redenção.
Foram captados dois rins e um fígado, que beneficiarão três pacientes brasileiros que aguardam por transplante. Os dois rins serão enviados para Porto Alegre e o fígado para Recife. Os órgãos captados não ficaram no Estado por incompatibilidade com os pacientes locais.
O coordenador da Central de Notificação, Captação e Doação de Órgãos CNCDO), André Rodrigues, comemora o fato histórico porque demonstra a prioridade que o governo do Estado está dando à questão dos transplantes no Pará.
Segundo Rodrigues, é a quarta vez este ano que o governo do Estado, além de providenciar a captação dos órgãos, vai transportar um fígado, no avião da empresa que presta serviço de UTI Aérea para a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Desta vez, levará o fígado para a cidade de Recife, onde o paciente receptor aguarda o órgão. Já os rins serão transportados em avião comercial. “É o único Estado que oferece esse serviço no Brasil”, afirmou Rodrigues.
Conforme Rodrigues, o transporte do órgão doado tem o mesmo significado de se transportar um paciente em estado grave, pois pode ser a única chance que o paciente terá de tentar sobreviver.

Roberta Vilanova  (8137-0626/8116-7719)
Jornalista Profissional Reg.838 DRT-PA
Coordenadora Ascom/Sespa

Especialista em Saúde Pública-Uepa
Especialista em Comunicação e Saúde-Fiocruz

quinta-feira, 23 de junho de 2011

BELÉM VAI DISCUTIR O FUTURO DA ENFERMAGEM BRASILEIRA NESTA TERÇA

PRESIDENTA DA FNE VEM A BELÉM DISCUTIR O FUTURO DA ENFERMAGEM BRASILEIRA. ESTARÃO PRESENTES SENPA, COREN, ABEN, UEPA, E PROFISSIONAIS DE SAÚDE. 
EU SEI O QUE QUERO PRA ENFERMAGEM E VC?  PARTICIPE!!!!
Local: Auditório do Campus IV- UEPA. Av. José Bonifácio, 1289
Horário: terça, 28 de junho de 2011 16:30

Samu Belém realiza ação com crianças no Museu

Com o objetivo de orientar crianças, adolescentes e seus familiares sobre como agir em situações de emergência, na manhã do domingo 05-06-2011, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Samu Belém, da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), levou os alunos do Projeto Socorrista Jr. ao Museu Emílio Goeldi para uma aula prática especial.
O projeto, também chamado de “Samuzinho”, incentiva os aprendizes das técnicas de imobilização e identificação de fraturas a repassar estes conhecimentos às crianças do Museu, além de alertar crianças e adultos sobre os risco e prejuízos causados pelos trotes que o SAMU recebe diariamente em sua central de atendimento. Os presentes ainda foram orientados sobre a forma correta de acionar o serviço Samu 192.
No total, participaram 26 crianças, de 08 a 10 anos, filhos de funcionários e membros da comunidade, que estão capacitadas a realizar socorros básicos em urgência e emergência, para que eles sejam multiplicadores deste conhecimento.
Os Socorristas Jr. já tiveram aulas de cuidados com fraturas, sinais vitais, verificação da pressão arterial do pulso e temperatura, anatomia do corpo humano, hemorragias, transporte de feridos, parada cárdio respiratória, queimaduras, técnicas de imobilização, ABC do trauma e OVACE (Obstrução de Vias Aéras por Corpo Estranho).
Segundo a médica Giana Gonçalves, coordenadora do Núcleo de Educação Permanente do Samu 192 – Belém, além do projeto ser positivo para o aprendizado de primeiros socorros, é importante também para a divulgação dos serviços prestados pelo Samu. “A partir do momento em que as crianças entendem o que é o trabalho do Samu, estamos educando a população para que haja uma maior integração entre o Samu e a comunidade”, afirma.
De acordo com o diretor geral do Samu, médico José Guataçara, este é um trabalho de grande sucesso. “Famílias inteiras participam e elogiam o que estamos fazendo, inúmeras crianças aprendem conosco e posteriormente ensinam outras pessoas. Seria muito bom se todos os Samu’s, de todo o Brasil, seguissem essa iniciativa, pois é uma excelente ferramenta educativa e de inclusão social”, disse o Dr.
Criado em 2005, o Samuzinho visita escolas, vai a praças públicas e faculdades e ainda percorre as praias da região durante o veraneio, sempre repassando lições de primeiros socorros e de como o serviço funciona às crianças.

http://www.belem.pa.gov.br/app/c2ms/v/apoio.php?id=1&conteudo=3118

quarta-feira, 22 de junho de 2011

COFEN aprova resolução sobre presença do enfermeiro no APH

Aprovada em 22 de março, a Resolução COFEN 375/2011 dispõe sobre a presença do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar e inter-hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido. A resolução determina que a assistência de enfermagem em qualquer tipo de unidade móvel (terrestre, aérea ou marítima) destinada ao atendimento pré-hospitalar e inter-hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido, somente deve ser desenvolvida na presença do Enfermeiro. Segundo a mesma resolução a assistência de enfermagem em qualquer serviço pré-hospitalar, prestado por técnicos e auxiliares só pode ser realizada sob a supervisão direta do enfermeiro.

RESOLUÇÃO COFEN Nº 375/2011

Dispõe sobre a presença do Enfermeiro no Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido.
O Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento Interno da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 242, de 31 de agosto de 2000, e:

CONSIDERANDO o Art. 11, Inciso I, alíneas “a, b, c, j, l e m” da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986;
CONSIDERANDO o Artigo 11, Inciso II, alíneas “a, b, c, f, g, h e l” da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986;
CONSIDERANDO o Artigo 12, alíneas “a, b, c e d” da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986;
CONSIDERANDO o Artigo 13, alíneas “a, b, c e d” da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986;
CONSIDERANDO os Artigos 15 e 20 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986;
CONSIDERANDO os Artigos 2º e 3º do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987;
CONSIDERANDO o Artigo 8o, Inciso I, alíneas “a, b, c, e, f, g e h” do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987;
CONSIDERANDO o Artigo 8o, Inciso II, alíneas “a, b, c, f, h, j e l” do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987;
CONSIDERANDO os Artigos 13 e 15 do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987;
CONSIDERANDO a Resolução COFEN nº 311/2007, que aprova a reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem;
CONSIDERANDO a Resolução COFEN nº 358/2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem;
CONSIDERANDO tudo o mais que consta nos autos do PAD/COFEN nº 480/2009 e o Parecer nº 04/2010/COFEN/CTLN/lp; e,
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário em sua 399ª Reunião Ordinária,

RESOLVE:

Art 1º A assistência de Enfermagem em qualquer tipo de unidade móvel (terrestre, aérea ou marítima) destinada ao Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido, somente deve ser desenvolvida na presença do Enfermeiro.

§ 1º A assistência de enfermagem em qualquer serviço Pré-Hospitalar, prestado por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem,somente poderá ser realizada sob a supervisão direta do Enfermeiro.

Art 2º No Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, os profissionais de Enfermagem deverão atender o disposto na Resolução COFEN nº 358/2009.

Art 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, em especial a Resolução Cofen nº 300/2005. 

Brasília, DF, 22 de março de 2011.

MANOEL CARLOS NERI DA SILVA - Presidente do Cofen

GELSON LUIZ DE ALBUQUERQUE - Primeiro-Secretário

http://site.portalcofen.gov.br/node/6500.

O QUE É O SAMU?

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) é um programa que tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de emergência. Com o Samu/192, o Governo Federal está reduzindo o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de socorro precoce. O serviço funciona 24 horas por dia com equipes de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que atendem às urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população.

O SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito após chamada gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos na Central de Regulação que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.

Ao mesmo tempo, o médico regulador avalia qual o melhor procedimento para o paciente: orienta a pessoa a procurar um posto de saúde; designa uma ambulância de suporte básico de vida, com auxiliar de enfermagem e socorrista para o atendimento no local; ou, de acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico regulador comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência tenha continuidade.

A partir dessa atuação, o SAMU tem um forte potencial para corrigir uma das maiores queixas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a lentidão no momento do atendimento. Historicamente, o nível de resposta à urgência e emergência tem sido insuficiente, provocando a superlotação das portas dos hospitais e pronto-socorros, mesmo quando a doença ou quadro clínico não é característica de um atendimento de emergência. Essa realidade contribui para que hospitais e pronto-socorros não consigam oferecer um atendimento de qualidade e mais humanizado.

O SAMU 192 é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003, que tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade no atendimento no SUS. A política tem como foco cinco grandes ações:

* organizar o atendimento de urgência nos pronto-atendimentos, unidades básicas de saúde e nas equipes do Programa Saúde da Família;
* estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU 192);
* reorganizar as grandes urgências e os pronto-socorros em hospitais;
* criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas urgências; e
* estruturar o atendimento pós-hospitalar.

A Rede Nacional SAMU 192 possui hoje 146 serviços de atendimento móvel às urgências, atendendo, com isso, 1.269 Municípios brasileiros, num total de 101 milhões de pessoas.
FONTE: http://www.samu192df.com.br/samu/definicao.jsp